GENOCÍDIO
Deputados do PT entram com representação criminal contra Bolsonaro
Quatro deputados federais do Partido dos Trabalhadores protocolaram neste domingo (22/01) uma representação criminal na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos e senadora eleita, Damares Alves (Republicanos-DF) por suspeita de crime de genocídio contra os povos Yanomami em Roraima
"Crianças e adultos em situação de elevada subnutrição, cadavéricas, numa realidade que não deveria existir num país que ano após ano tem recordes na sua produção agrícola e alimenta diversas nações e povos", diz o documento.
"A responsabilidade dessa tragédia é conhecida no Brasil e no mundo. Na verdade, além da omissão dolosa, o primeiro representado (Jair Bolsonaro) é diretamente responsável por autorizar, incentivar e proteger o garimpo ilegal nas terras indígenas Yanomami e em várias regiões da Amazônia", acrescenta.
Os deputados afirmam que a atitude de Bolsonaro contribuiu de maneira decisiva para a "contaminação dos rios (mercúrio) e, consequentemente, resultou nos impactos na alimentação (pesca) e nas condições sanitárias (saúde) dos povos tradicionais que vivem e sobrevivem nas áreas onde não deveria haver garimpos legais ou ilegais".
A representação também inclui todos os ex-presidentes da FUNAI durante o governo Bolsonaro, no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2022.
Assinam a representação os parlamentares Alencar Santana (São Paulo), Maria do Rosário (Rio Grande do Sul), Reginaldo Lopes (Minas Gerais) e Zeca Dirceu (Paraná).
Na representação, os deputados defendem que esses gestores são "diretamente responsáveis, por ação ou omissão, pelas mortes e infortúnios vivenciados pelos povos Yanomami e outras comunidades indígenas, e deverão ser qualificados e responsabilizados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário