CAMPANHA FORTALECIDA
Por que o autoexame não é mais indicado?
O mês de outubro já é um marco para a saúde da mulher
Foto: Freepik
Com a campanha fortalecida no país, o Outubro Rosa representa um momento de alerta dedicado à prevenção e aos diagnósticos prematuros do câncer de mama.
Os homens também devem fortalecer e apoiar essa corrente, até porque, representam 1% dos casos da doença, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
O câncer de mama é o tipo da doença que causa mais mortes entre as mulheres.
E por isso, dedicar um mês inteiro ao tema é uma iniciativa tão necessária para dar luz a um problema que pode ser evitado ou contornado quando descoberto no começo.
Como passo inicial, o autoexame pode ser um aliado nesse processo, mas ainda assim, as consultas e exames não podem ser colocados em segundo plano.
"O autoexame tem papel de autoconhecimento para a mulher e não substitui os exames de rastreio em dia de consulta com especialista", frisa a cirurgiã oncológica Priscila Morosini, pós-graduada em oncologia mamária pelo Hospital Israelita Albert Einstein.
"Infelizmente, o autoexame é capaz de identificar nódulos e alterações maiores nas mamas. Quando falamos de câncer de mama, o cenário mais favorável do diagnóstico são as lesões ainda não palpáveis, ou seja, aquelas vistas apenas no exame de imagem em estágios muito iniciais", acrescenta e especialista.
O autoexame não diminui a importância da mamografia.
Estimular a realização do autoexame não significa que os demais exames não sejam prioridade e essenciais para detectar qualquer nódulo, ainda pequeno, em estágio inicial.
Porém, a mobilização pelo toque em detrimento do agendamento de exames gerou preocupação na classe médica.
"Esse é um dos motivos pelo qual a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) não recomenda mais a realização do autoexame como método de rastreio do câncer de mama. Muitas mulheres entendem que por não perceberem nada na mama na palpação, estão seguras e podem dispensar o exame de mamografia", esclarece Drª. Priscila.
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