CONTER A INFLAÇÃO
Esquenta a disputa entre farmácias e supermercados
O recente anúncio do governo de que irá considerar propostas do setor de varejo alimentar para conter a inflação trouxe à tona um embate acirrado entre dois gigantes: supermercados e farmácias
O ponto central da discussão é a proposta de permitir a venda de medicamentos isentos de prescrição médica (MIPs) em supermercados, algo que divide economistas, varejistas e profissionais de saúde.
O debate ficou ainda mais forte após uma publicação no Linkedin, de Eugênio De Zagottis, acionista da RD Saúde, dona das redes Raia e Drogasil.
Em tom crítico, ele argumentou que supermercados não têm estrutura para comercializar remédios de forma segura, apontando desafios legais e operacionais que, segundo ele, podem acabar gerando custos extras para o consumidor.
"A medida teria efeito mínimo na redução da inflação e ainda aumentaria os gastos das redes supermercadistas", afirmou.
Em resposta, João Galassi, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), defendeu a proposta como uma maneira de ampliar o acesso a medicamentos em áreas de pouca cobertura farmacêutica.
Ele enfatizou que, com supervisão e regulação adequadas, o modelo pode beneficiar milhões de brasileiros.
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