AÇÕES CRIMINOSAS ADVERTIDAS
Comitê Estadual diz que fez alertas aos órgãos de segurança sobre a situação dos presídios no Rio Grande do Norte
Órgão colegiado, vinculado do governo e com participação da sociedade civil, o Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Rio Grande do Norte (CEPCT/RN) alertava as autoridades dos poderes Executivo e Judiciário, desde 2021, sobre a possibilidade de eventos de segurança pública como as que têm ocorrido

Foto: José Aldenir - Agora RN
Em nota divulgada nesta quinta-feira (16/03), o Comitê destaca que as ações criminosas só poderão ser combatidas com estratégias eficazes que identifiquem as raízes dessa problemática social.
"Sem a adoção de uma política progressiva de desencarceramento e penas alternativas, o Rio Grande do Norte, tem um conjunto de fatores que agravam a situação de segurança pública", diz a nota.
O CEPCT/RN descreve, no documento, a situação das unidades prisionais:
Superlotação; policiais penais insuficientes, mal remunerados e com agravos psicossociais diante do cotidiano de tensão; comprometimento na saúde física e mental em decorrência da insuficiência das equipes e do baixo atendimento de saúde; ações e práticas cotidianas e coletivas de tortura, e etc.
Em inspeções realizadas em novembro passado no Rio Grande do Norte, o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT) presenciou marmitas com comida estragada, presos com tuberculose usados como vetor de contaminação para outros detentos, reclusão por mais de 30 dias em celas de castigo, e outras torturas.
Desde a vinda do MNPCT ao Rio Grande do Norte, junto ao CEPCT/TN, os órgãos tentam dialogar com a gestão estadual, solicitando uma reunião para contribuir na política penitenciária e resolver os casos concretos e cotidianos de tortura.
Entretanto, até o momento, o alto gabinete do Governo não se abriu ao diálogo, de acordo com o Comitê.
"Repudiamos totalmente os recentes acontecimentos, mas, em paralelo a isso, destacamos a importância de que as medidas à curto, médio e longo prazos, sejam tomadas para que não vejamos a situação da segurança pública piorar nas mãos de quem faz jogo político com vidas", afirma o CEPCT/RN.


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