CASOS DE SUICÍDIO
Efeitos da pandemia no número de suicídios precisam ser monitorados
Pesquisa identificou aumento de casos, especialmente em mulheres
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil
Apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado, em maio deste ano, o fim da emergência de saúde pública provocada pela Covid-19, os efeitos indiretos da pandemia devem continuar sendo monitorados, no que se referem ao aumento de casos de suicídio.
Essa foi a ideia defendida por pesquisadores do Instituto Leônidas & Maria Deane da Fundação Oswaldo Cruz no Amazonas (ILMD/Fiocruz Amazônia), no último dia 10 deste mês de setembro, Dia Mundial da Prevenção ao suicídio.
Com base em dados de mortalidade do Ministério da Saúde, o epidemiologista Jesem Orellana, o psiquiatra Maximiliano Ponte, da Fiocruz Ceará, e o pesquisador sênior da Fiocruz Amazônia, Bernardo Lessa Horta se propuseram a analisar a ocorrência de casos de suicídios no país durante as fases mais críticas da pandemia.
Eles identificaram um número maior que o esperado - com base em médias históricas - nas faixas de idade a partir dos 30 anos, sobretudo em mulheres das regiões Norte e Nordeste.
O estudo Excess Suicides In Brazil during the First Two Years of the Covid-19 pandemic: Gender, Regional and Age Group Inequalities (Excesso de suicídios no Brasil nos dois primeiros anos da pandemia de Covid-19, foi publicado no International Journal of Social Psychiatry, tradicional periódico no campo da psiquiatria social.
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